sábado, 29 de maio de 2021

CAFÉ? DEIXA COM AS MULHERES

 


 As raízes do café no Brasil foram fincadas faz muito tempo. Estavam lá na sustentação do Império e se alastrando pela República. Hoje o Brasil é o maior exportador de café no mercado mundial e um dos grandes consumidores da bebida. O interesse pela qualidade nos leva diretamente para a produção dos cafés orgânicos com aquele cheiro de roça. Vamos falar de um café mais especial ainda. O café produzido especialmente por cooperativas voltadas para a importância das mulheres na economia familiar. 

Um coletivo de mulheres decidiu somar forças formando o grupo Mulheres Organizadas em Busca de Igualdade (MOBI), em 2006.

Apesar de estarem presentes na Cooperativa de Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (Coopfam) desde sua fundação, na década de 1990. Para fortalecer a identidade do Grupo Mobi, as mulheres construíram seu regimento interno e realizaram cursos para geração de renda.

Em 2012, a Coopfam lançou o Café Orgânico Feminino, uma linha de café para dar protagonismo e visibilidade às mulheres do Grupo MOBI que praticam agricultura orgânica. Em 2018, a Coopfam também lançou um Café Feminino Sustentável para agregar as mulheres que se dedicam à produção de café convencional.

Também em 2018, na 2ª edição da ExpoSul Rural,  a Cooperativa dos Cafeicultores do Sul (Cafesul), localizada no Espírito Santo, criada em 1998 e certificada com o selo de Comércio Justo FAIRTRADE desde 2008, passou por uma grande transformação. Inicialmente, ela contava com um quadro de associados composto só por homens. No entanto essa realidade mudou, e agora as mulheres cafeicultoras de Cafesul brilham com força na apresentação do café feminino Póde Mulheres. 

A iniciativa do café Póde Mulheres nasce da necessidade de também incluir a mulher na cooperativa e reconhecê-la como parte fundamental em toda a cadeia de produção e, principalmente, na agricultura familiar.

Esses são alguns exemplos de como a participação das mulheres na tomada de decisões sempre foi limitada, mas com muita persistência está sendo mais ativa e visível. Muitos movimentos e cooperativas não reconhecem o trabalho feminino na agricultura nem o trabalho doméstico. Assim, mulheres se juntam para mostrar seu trabalho e provar que sem mulher não existe sustentabilidade, agroecologia e nem café no bule!

Fonte: Cafésul/coopfam/centrodeestudoseassessoria/

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