sábado, 1 de maio de 2021

DA MANTIQUEIRA PARA O MUNDO

 



Há 28 anos atrás, visitando uma fazenda na serra de Mirantão a Santo Antônio do Rio Grande, em Bocaina de Minas, Ana Rita Ramalho experimentou pela primeira vez um bolo assado no forno à lenha e se apaixonou. Pesquisando e conhecendo mais sobre, descobriu um costume vindo dos indígenas da região, os Puris. Ao entrar em contato com a Embrapa Floresta de Curitiba Paraná, descobriu que não existe registro dessa farinha sendo feita em nenhum outro local onde há araucária (Araucaria augustifolia). 

A partir disso a APROVIM (Associação de Produtores da região de Visconde de Mauá) apoiou a iniciativa fornecendo um kit para as mulheres coletoras de pinhão (par de luvas/peneira/tesoura de poda). Como representante da Aprovim, Ana comercializou em feiras por todo país essa farinha, valorizando e impulsionando a economia dessas mulheres moradoras de zona rural, sem possibilidade e até então sem conhecimento do valor cultural agroecológico.